Como um espírito volta ao lar que deixou
E novamente tira todos os cômodos.
Eu já havia enfeitado a casa
[Não com cores e objetos tão bonitos
Como quando você estava,
Mas havia].
Tem o poder de destruir tudo que construo.
É avassalador nas palavras, nos gestos, nas lembranças.
Retomar a história que foi vivida
É ter certeza que igual a você, não existe.
Por isso, insiste em relembrar tudo!
Contudo, agora, não é possível voltar...
Você é espírito e só.
É apenas o que diz, é pó, e não pode ao menos segurar minhas mãos
[quais tantas vezes ensinou o que fazer].
Fui assassina desse crime que não quis cometer
Para poder me livrar da necessidade de declamar tantas vezes teu corpo.
Não volte mais aqui, feito louco, querendo destruir o que finjo ser verdade.
Não há mais necessidade do que passou.
Contaminou-me e ensinou-me tudo o que sou,
Mas o seu espírito não cabe mais em mim.
Vá, viva o seu mundo sem fim [dos mortos]
Construa mais paixões, mais ilusões, mais dores.
E me deixe aqui,
Tentando ser feliz com pseudo-amores, infilntrando-me em seus singelos poros.
Rezarei por você!
Espírito de luz,
Afaste-se de quem tem medo de cometer suicídio por um capricho,
Por um desejo imenso de novamente, feito bicho, querer te ter.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
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